Otite Serosa/Secretora – Carretéis
Define-se otite serosa como a presença de fluido na orelha média na ausência de sinais de infecção aguda no ouvido. Existem vários sinônimos para otite serosa/ secretora: otite média com efusão, otite média catarral, otite média não supurativa, entre outros. Portanto, trata-se de uma patologia silenciosa em que a principal manifestação é a perda auditiva.
Nestes casos é extremamente comum que a professora encaminhe este aluno para avaliação com o otorrino, pois o mesmo encontra-se desatento em sala de aula e com dificuldade de aprendizado.
A tuba auditiva é um canal que liga a orelha média ao rinofarinfe sendo responsável pela ventilação da orelha média.
Nos casos de Otite Serosa/Secretora existe a presença de secreção espessa ( Glue-Ear) no ouvido médio, decorrente da impossibilidade da tuba auditiva funcionar, o que acontece em casos de alergia nasal, hipertrofia das adenoides ( “carne no nariz”), tumores do rinofaringe…
Este diagnóstico é feito pela Otoscopia, audiometria e impedanciometria, mostrando comprometimento de orelha média pela presença de secreção espessa e consequentemente, curva “B” nos ouvidos e perda auditiva condutiva .
Em situações em que não há resposta satisfatória ao tratamento clínico está indicada a incisão timpânica no quadrante póstero-inferior com aspiração do líquido espesso e colocação de um tubo de ventilação ( CARRETEL ). A finalidade da utilização do tubo de ventilação é aerar a caixa timpânica enquanto a tuba auditiva não estiver “funcionando “. A presença do tubo de ventilação pode ser de curta, média ou longa permanência, podendo ser eliminado espontaneamente quando a tuba auditiva voltar a funcionar, o que será comprovado por nova audiometria /imitanciometria.
A cirurgia das Adenóides também pode estar indicada nestes casos.
O paciente deverá ser avaliado pelo otorrino e este irá determinar a necessidade de indicação cirúrgica em cada caso, individualmente.