Desequilíbrio no Idoso

A OMS define idoso como o indivíduo acima de 60 anos em países em desenvolvimento e acima de 65 anos em países desenvolvidos. Entre os anos 1980 e 2000 o Brasil ganhou 7,3 milhões de idosos. Estima-se que em 2025 o Brasil será o 6º país com maior número de idosos.

Esta maior longevidade implica no surgimento e agravamento de doenças e das chamadas síndromes geriátricas ( quedas, desnutrição, delirium, alterações cognitivas). Consequentemente, há aumento do consumo de medicações por esta população.

Com o envelhecimento,  várias funções naturalmente sofrem degradação , como diminuição da força muscular, alterações neurológicas ( reflexos mais lentos, neuropatias periféricas…) , diminuição da acuidade visual  e, como consequência, o risco de quedas aumenta. O idoso sente-se  cada vez mais incapacitado e dependente, podendo culminar em  quadros depressivos.

A queda na população geriátrica é um fator extremamente importante e cerca de 40 % dos idosos que sofreram quedas as atribuem a tonturas ou desequilíbrio.

Neste grupo, as causas de tonturas são variadas. Em geral , há mais de uma causa envolvida,  sendo as mais comuns : alteração metabólica, insuficiência vertebrobasilar, VPPB ( vertigem postural paroxística benigna), comprometimento de coluna cervical , entre outras.

Este grande aumento da população idosa  impõe a nós, médicos, independente da especialidade, estarmos atentos a estas transformações e capacitados ao manejo de situações comuns neste grupo etário.